O INVENTOR

Pegue o liquidificador, misture teatro, cinema, tv, literatura, uns outros ingredientes e…voilá.

Archive for julho 2018

Carta aberta a Luciana Lamblet

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A memória é algo que, por vezes, nos prega inúmeras peças. São casos e acasos que se misturam, se embaralham e nos conduzem por esquinas tortuosas e empoeiradas do passado. Nesta manhã de domingo, dia 22 de julho, quando olho para esta página em branco, em busca de alguns momentos em nossa trajetória, só me vêm borrões impressionistas, pintados com a tinta do afeto, da angústia e do amor. Não sabemos bem como começou, mas sabemos que já era, antes mesmo de ser. A sua história faz parte da minha. Nessas linhas, que se escreveram, reescreveram e inscreveram em nós ao longo desses anos, estivemos um do lado do outro em momentos de dores inexplicáveis e de alegrias indescritíveis. Afinal, o indizível sempre esteve entre nós; ou melhor: ele faz parte de nós, como uma marca indelével. As palavras, pelas quais tanto prezamos, às vezes, silenciam e nos faltam, como agora e em muitas outras travessias que já realizamos. E é nesse momento que elas transbordam e vêm com a força de um tufão. Esse é o limite da sua potência como eu a vejo. Você é meu Virgílio, guiando-me pelas zonas mais inóspitas da alma humana. Você me levou ao mar, lembra? Diante desse mesmo horizonte, digo-lhe é tempo de reconstruções para todos nós. Ah, minha amada Luciana, há ainda tanto, mas tanto a ser escrito. Escrevamos, pois, novas histórias e novos capítulos. Acima de tudo: busquemos a coragem para isso, porque sabemos que viver é muito perigoso, como já nos ensinou Riobaldo. Neste momento, lembro-me de Clarice, que se descreveu como tímida e ousada. Amada, talvez a carapuça da timidez não lhe caiba tanto, mas, com a elegância felina e tipicamente inglesa, você analisa, formula e, touché, dá seu golpe final. E o Horror do mundo que se apresenta precisa mesmo ser combatido por pessoas como você. Abandonemos as lutas quixotescas e canalizemos nossas forças para ressiginificar os nossos destroços e avançar. E crescer. E viver. É uma honra tê-la como parceira no front, amada; é uma grande honra. Lutemos, lutemos sempre. Tenhamos em mente o sorriso que carregamos nessa imagem em preto e branco, de um momento que já se perdeu no labirinto do passado. O resto? O resto é silêncio.

Feliz aniversário,

M.

Written by Marcos M.

julho 22, 2018 at 9:15 am

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John Mayer é o cara

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Written by Marcos M.

julho 18, 2018 at 7:45 am

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